Desde o mês de maio de 2013, os órgãos públicos responsáveis pelo processo de liberação de cargas aeroportuárias estão funcionando durante 24 horas, todos os dias, nos aeroportos de Cumbica, em São Paulo, e também nos terminais de Manaus-AM e Galeão-RJ, conforme definido pela Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero).
A extensão dos horários é favorável aos despachantes aduaneiros, visto que possibilita maior tempo para o desembaraço das mercadorias. A medida é igualmente positiva aos demais profissionais que atuam no setor, pois desafoga as operações e torna mais ágil a movimentação de cargas no País, além de representar menor custo aos importadores e exportadores. De acordo com dados oficiais, em 2012, esses aeroportos responderam por 76% de toda a carga aérea movimentada no País, sendo que Guarulhos está na liderança, com 291 mil toneladas e os demais movimentaram, juntos, 476,9 mil toneladas no mesmo período.
Transcorrido mais de um mês do início da implantação do "Aeroporto 24 horas", podemos avaliar que os despachantes aduaneiros estão se adaptando à nova situação, contando inclusive com a colaboração das empresas que administram os terminais no Estado de São Paulo.
No Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, temos orientado os associados a utilizarem os novos horários disponíveis, e já observamos uma melhor distribuição dos atendimentos ao longo do dia. Gradualmente, os associados têm evitado os momentos de maior circulação, o que já se reverte em benefícios. Importante ressaltar o envolvimento direto da Inspetoria da Receita Federal, por meio do inspetor Edison Jorge Takeshi, que abraçou a causa e tem promovido a adequação, mesmo sem o aumento do quadro de funcionários.
No entanto, no Aeroporto Internacional de Viracopos não houve a implantação da medida por parte da Inspetoria da Receita Federal e o atendimento permanece da mesma forma. Os órgãos anuentes, por sua vez, o fizeram de forma precária e ainda há situações pontuais que necessitam ser revistas.
Nesse terminal, a vistoria das cargas que dependem da anuência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está sendo realizada no horário noturno, inclusive aos sábados e domingos, causando grandes transtornos aos despachantes aduaneiros. Mesmo realizando os demais trâmites em horário comercial, os profissionais devem permanecer ou retornar ao local na parte da noite e nos finais de semana para concluir a operação.
Após receber diversas reclamações dos associados, a diretoria do Sindasp esteve reunida com o chefe da Anvisa, Yunes Baptista, em Viracopos, para relatar os problemas e sugerir soluções. Porém, recebemos a informação de que, em razão da quantidade insuficiente de funcionários para atender à demanda, a implantação foi realizada sem o devido planejamento. O Sindasp já está tomando as devidas providências para tratar desse assunto em Brasília, uma vez que a situação está causando prejuízos diretos aos despachantes aduaneiros e a todos os que atuam no segmento.
O Sindicato continuará acompanhando a nova sistemática de operação nos terminais e, sempre que necessário, levará os pleitos dos associados às autoridades responsáveis, contribuindo para o objetivo maior da medida que é agregar agilidade nas zonas primárias do País, possibilitando ganho de competitividade ao comércio exterior brasileiro.
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terça-feira, 20 de agosto de 2013
"AEROPORTO 24 HORAS" TORNA COMÉRCIO EXTERIOR MAIS ÁGIL, MAS ESBARRA NA FALTA DE PROFISSIONAIS PARA ATENDER À DEMANDA
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É comum vermos empresas especializadas em Exportação com equipamentos e condições para uma boa troca ou compra de mercadorias.
ResponderExcluirA exportação se tornou um troca agradável de empresas á distancia, trazendo oportunidades de emprego e conhecimento para os cidadãos.
Mas a agilidade com que isso aconteceu, fez com que as pessoas não pudessem usufruir desse conhecimento e nem o modo de como pode se tratar uma troca ou uma compra dos mesmo. Assim, com a falta desse conhecimento as empresas se prejudicam por colocarem pessoal inexperientes para realizar um trabalho, onde o processo é muito complicado. Levando até a Empresa a ficar com o "nome sujo" no mercado por não ensinar seus empregados a tratar de serviços como esses.
Giovanna Siqueira Dutra RA : B9665A-2
Aquele velho pensamento de mão de obra barata que acaba prejudicando na falta de profissionalismo.
ResponderExcluirRachel Matsumoto
RA A54JDJ-9
Comex 2º
Sem o investimento uniforme na área de exportação, vamos nos deparar com casos como esses, onde alguns aeroportos tem uma ótima estrutura para o comércio exterior por 24 horas, e outros carentes desta estrutura sobrecarregando exportações, resultando assim em prejuízo para a área de exportação.
ResponderExcluirLucas da Silva Santos
RA: B9292i-3
Comex - 1º sem
Chac Sto Antônio
Infelizmente nos deparamos com essas situações, esse é o nosso Brasil, onde quando se resolvem arrumar uma infraestrutura diferenciada, nao se tem a mão de obra capaz. Investimentos desse porte somente surtirão resultados com uma mão de obra qualificada.
ResponderExcluirEduardo Vieira Rocha
2 semestre Chac Santo Antonio
ta:b8213j3
Assim como é necessário uma excelente infraestrutura, é necessário também uma excelente mão de obra qualificada. As empresas precisam trabalhar melhor nesse processo de seleção de profissionais, para que não ocorra esse problema.
ResponderExcluirDavid de Oliveira
Comex - 1º Semestre
RA: B947AD-0
Chácara Sto. Antonio - Noturno
É dificil de acreditar que um pais onde há milhões de pessoas desempregadas, ainda falte profissionais para atuar no mercado. Acredito que as empresas devem abrir seleções para criar oportunidades para novos profissionais e claro, capacitando melhor seus colaboradores.
ResponderExcluirBeatriz Campos de Moraes - RA: B674EG-7
Comex - 2º Semestre