
"Estamos com muitos
contatos para exportar. Faz tempo que somos procurados por empresas que podem
ser nossas parceiras em outros países, mas não levamos a ideia adiantes antes
porque nossa fábrica era pequena", diz Barros, que em 21 de setembro inaugurou
uma unidade industrial em São José dos Campos, a 98 quilômetros da capital
paulista. A instalação consumiu mais de R$ 8 milhões em investimentos. Tem
capacidade para produzir até 200 mil sorvetes por dia e, assim, atender ao
mercado paulista, os outros estados e o plano de exportação.
Além dos Emirados e
dos EUA, França, Portugal e México poderão ser outros destinos dos sorvetes
Rochinha. Em todos estes países, diz Barros, há interessados em importar.
"Estamos com negociações mais adiantadas para vender em Dubai e em Orlando. Já
temos parceiros para distribuir o nosso sorvete nestes lugares", disse.
As exportações não
começaram porque a empresa está calculando qual será o custo para exportar, qual
o volume de vendas que será necessário para obter lucro e quanto irá cobrar
pelos sorvetes que no Brasil custam entre R$ 3,00 e R$ 4,50.
"O custo é elevado,
estamos fazendo um estudo junto com uma consultoria para avaliar a viabilidade
do negócio. Mas queremos estar capacitados para exportar no primeiro trimestre
de 2013", diz o dono da empresa. A estimativa de Barros é que 10% da produção
seja exportada no primeiro ano e que dois anos depois 50% do total produzido
seja enviado para outros países.
A Rochinha deverá
também ampliar sua distribuição, hoje restrita a São Paulo e Rio de Janeiro, e
chegar a regiões do País que só conhecem a fama do sorvete. É o caso de Santa
Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e dos estados do Nordeste.
Quem vê o plano de
expansão da empresa não imagina, porém, que ela surgiu como uma pequena
sorveteria em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo. Foi aberta por José
Rocha Medeiros há mais de 50 anos e só ganhou as outras praias da região quando
um dos sobrinhos de Medeiros abriu uma pequena fábrica de sorvetes em 1981.
Brigas na família, porém, levaram o sobrinho do fundador a vender o negócio para
um primo, que em 1992 revendeu para Barros, um mestre de obras que queria
ser dono da fábrica.
Desde então, ele
investiu na qualidade dos sorvetes, na ampliação da fábrica e dos pontos de
venda. A receita do sucesso é segredo, mas Barros garante: os 30 sorvetes que
ele faz no Brasil e que serão exportados são produzidos com frutas selecionadas,
não levam conservantes e têm baixas calorias. Além dos famosos sorvetes de coco
e tangerina, a lista opções da Rochinha tem os incomuns abacate, milho verde,
cupuaçu, amendoim, coco com abóbora e jabuticaba.
Fonte: Agência Anba
Nenhum comentário:
Postar um comentário