sexta-feira, 5 de outubro de 2012

ROCHINHA VAI EXPORTAR PICOLÉS PARA DUBAI



A fabricante dos sorvetes Rochinha, que há décadas faz sucesso no litoral de São Paulo, vai começar a exportar parte da sua produção no começo de 2013. O dono da empresa, José Lopes de Barros, está em contato com parceiros em diversos países e afirma que os primeiros destinos dos seus picolés deverão ser os Emirados Árabes Unidos e os Estados Unidos. Além disso, a empresa se prepara para expandir as operações para outros estados.
"Estamos com muitos contatos para exportar. Faz tempo que somos procurados por empresas que podem ser nossas parceiras em outros países, mas não levamos a ideia adiantes antes porque nossa fábrica era pequena", diz Barros, que em 21 de setembro inaugurou uma unidade industrial em São José dos Campos, a 98 quilômetros da capital paulista. A instalação consumiu mais de R$ 8 milhões em investimentos. Tem capacidade para produzir até 200 mil sorvetes por dia e, assim, atender ao mercado paulista, os outros estados e o plano de exportação.
Além dos Emirados e dos EUA, França, Portugal e México poderão ser outros destinos dos sorvetes Rochinha. Em todos estes países, diz Barros, há interessados em importar. "Estamos com negociações mais adiantadas para vender em Dubai e em Orlando. Já temos parceiros para distribuir o nosso sorvete nestes lugares", disse.
As exportações não começaram porque a empresa está calculando qual será o custo para exportar, qual o volume de vendas que será necessário para obter lucro e quanto irá cobrar pelos sorvetes que no Brasil custam entre R$ 3,00 e R$ 4,50.
"O custo é elevado, estamos fazendo um estudo junto com uma consultoria para avaliar a viabilidade do negócio. Mas queremos estar capacitados para exportar no primeiro trimestre de 2013", diz o dono da empresa. A estimativa de Barros é que 10% da produção seja exportada no primeiro ano e que dois anos depois 50% do total produzido seja enviado para outros países.
A Rochinha deverá também ampliar sua distribuição, hoje restrita a São Paulo e Rio de Janeiro, e chegar a regiões do País que só conhecem a fama do sorvete. É o caso de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e dos estados do Nordeste.
Quem vê o plano de expansão da empresa não imagina, porém, que ela surgiu como uma pequena sorveteria em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo. Foi aberta por José Rocha Medeiros há mais de 50 anos e só ganhou as outras praias da região quando um dos sobrinhos de Medeiros abriu uma pequena fábrica de sorvetes em 1981. Brigas na família, porém, levaram o sobrinho do fundador a vender o negócio para um primo, que em 1992 revendeu para Barros, um mestre de obras que queria ser dono da fábrica.
Desde então, ele investiu na qualidade dos sorvetes, na ampliação da fábrica e dos pontos de venda. A receita do sucesso é segredo, mas Barros garante: os 30 sorvetes que ele faz no Brasil e que serão exportados são produzidos com frutas selecionadas, não levam conservantes e têm baixas calorias. Além dos famosos sorvetes de coco e tangerina, a lista opções da Rochinha tem os incomuns abacate, milho verde, cupuaçu, amendoim, coco com abóbora e jabuticaba.

Fonte: Agência Anba

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