sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Demanda por grãos leva asiáticos à logística



O abastecimento alimentar mundial, que tinha saído um pouco do foco das discussões, voltou a constar da pauta de empresas e governos.
Um desses sinais foi a circulação, nesta semana, de grupos estrangeiros pelas principais regiões produtoras do Brasil. Estão interessados em parcerias com produtores para a garantia de cereais.
Esses grupos estão interessados na "originação" de grãos -ou seja, a garantia de alimentos. Demorou, mas os estrangeiros aprenderam que o problema no Brasil não é produzir alimentos, mas colocá-los nos portos.
Diante desse cenário, cada país interessado em comprar grãos adota políticas diferentes por aqui. Os chineses, os mais preocupados com o abastecimento, devido à forte demanda interna, foram um dos primeiros a se interessar pelo país.
Inicialmente, queriam plantar e exportar a própria produção. Legislação desfavorável à compra de terras e falta de conhecimento na lavoura os levaram a pensar mais na logística do que na produção.
Com um sistema de transporte eficiente, elevariam a renda dos produtores e teriam um volume maior de grãos nos portos. É o caminho que querem seguir.
Os coreanos, que também tiveram missões circulando pelo país, tomam um rumo diferente: produzir a própria carne por aqui.
Diante das dificuldades da retirada de grãos, as empresas encurtariam caminho levando o produto final, como carnes, em vez de grãos.
A intenção deles é investir em frigoríficos. Isso seria um passo importante para o Brasil, que luta para a abertura do mercado coreano às carnes brasileiras.
Já os japoneses, que têm vários grupos interessados na compra de grãos no país, querem parcerias com grandes produtores. O objetivo é abastecer não só o mercado japonês, mas também Malásia, Indonésia e Hong Kong.
Com avaliações detalhistas, os japoneses colocam na ponta do lápis as estimativas de produção e de exportação. Viram que há um forte gargalo nos portos e que as contas não fecham. Também perceberam que vão ter de investir em logística se quiserem participar desse mercado.
Ponto máximo O IPA (Índice de Preços por Atacado) agrícola pode ter chegado ao limite de pressão, na avaliação da consultoria LCA. Após ter atingido 1,94% no IGP-10 de julho, subiu para 6,23% no deste.
O que sobe Milho, soja, arroz, uva, café, suínos e aves estão entre os produtos que puxaram as elevações de preços, segundo a consultoria.
Seca Agricultores do oeste da Bahia, região caracterizada por grandes produtores, vão destinar 1 milhão de toneladas de milho a pequenos produtores do Estado afetados pela seca.
União O volume arrecadado até agora é de 800 mil toneladas, e o cereal já está sendo enviado para a alimentação do gado dessas regiões secas. Empresas de transporte se uniram aos produtores, providenciando o transporte.
Algodão A CTNBio aprovou a segunda geração do algodão transgênico da Monsanto que combina resistência a pragas e tolerância ao herbicida glifosato.
No destaque De 40 a 50 rótulos de vinhos brasileiros serão comercializados na rede Central Market de supermercados do Texas no ano que vem. Todo ano a rede coloca em destaque o vinho de um país produtor.
Suco A próxima safra de laranja da Flórida cresce 7%, segundo analista do setor. A estimativa fez o preço do suco de laranja recuar 4% em Nova York.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/61267-demanda-por-graos-leva-asiaticos-a-logistica.shtml

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