A queda das exportações levou a balança comercial (diferença entre
exportações e importações) a ter déficit de US$ 2,350 bilhões em novembro,
divulgou há pouco o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior. O resultado é o pior da história para o mês e o maior déficit mensal
em 2014.
Com o desempenho de novembro, o déficit da balança comercial, no
acumulado de 2014, subiu para US$ 4,221 bilhões, o pior resultado para o
período de janeiro a novembro desde 1998 (US$ 6,112 bilhões). No mesmo período
de 2013, a balança comercial acumulava resultado negativo de US$ 268 milhões.
No mês passado, as exportações somaram US$ 15,646 bilhões - queda
de 25% em relação a novembro de 2013, pela média diária. As importações também
caíram, mas em intensidade menor. As compras do totalizaram US$ 17,996 bilhões
em novembro - queda de 5,9%, pela média diária, também em relação ao mesmo mês
do ano passado.
A redução das exportações em ritmo maior que as importações também
foi o principal fator responsável pelo crescimento do déficit da balança
comercial em 2014. De janeiro a novembro, as importações somaram US$ 211,832
bilhões - queda de 3,9%, pela média diária, em relação ao mesmo intervalo de
2013. As exportações, no entanto, somaram US$ 207,611 bilhões - queda de 5,7%,
também pela média diária.
De acordo com o ministério, três fatores contribuíram para a queda
das exportações em 2014. O primeiro foi a queda do preço das commodities (bens
primários com cotação no mercado internacional). Os principais produtos afetados
no ano foram o milho em grão, cujo valor exportado caiu 42,1% em 2014, e
minério de ferro, com queda de 18,3%.
O segundo fator foi a crise econômica da Argentina, que derrubou a
venda de produtos manufaturados, principalmente automóveis. As exportações de
veículos caíram 40,5% de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período
de 2013. O terceiro fator é a conta petróleo. Por causa do aumento do consumo
interno de combustíveis e da redução programada da produção doméstica de
petróleo, o país passou a importar petróleo e derivados mais do que exporta.
(Fonte:
Agência Brasil)
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