As exportações do
agronegócio, de janeiro a novembro de 2012, somaram US$ 88,65 bilhões, o que
representou incremento de 1% em relação ao mesmo período do ano anterior. As
importações foram de US$ 15,09 bilhões, ou seja, 5% inferiores a 2011. O saldo
da balança comercial do agronegócio foi positivo, atingindo US$ 73,56 bilhões.
As informações são da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio, do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a partir dos dados
do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).
Os setores que mais
contribuíram para o crescimento de US$ 858,82 milhões foram o complexo soja (US$
2,55 bilhões, passando de US$ 22,95 bilhões para 25,50 bilhões); cereais,
farinhas e preparações (US$ 1,89 bilhão, saindo de US$ 3,88 para US$ 5,78
bilhões); fibras e produtos têxteis (US$ 453,41 milhões, de US$ 1,89 bilhão para
US$ 2,34 bilhões); fumo e seus produtos (US$ 323,11 milhões, de US$ 2,78 bilhões
para US$ 3,10 bilhões) e animais vivos (US$ 156,89 milhões, US$ 442,21 milhões
para US$ 599,11 milhões). As maiores quedas foram observadas no café (US$ 2,04
bilhões) e no complexo sucroalcooleiro (US$ 1,60 bilhão).
O principal setor,
em termos de valor exportado foi o complexo soja (US$ 25,50 bilhões), cujas
exportações aumentaram 11,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. As
vendas externas de soja em grãos corresponderam a 68,1% desse montante
alcançando US$ 17,36 bilhões. Houve aumento de 11,2% em valor, em função da
expansão em 4,0% na quantidade e 6,8% no preço. Os embarques de farelo de soja
foram de US$ 6,14 bilhões, ou seja 15,0% superiores a 2011 em valor, em
decorrência do crescimento de 0,7% na quantidade e 14,2% no preço. O óleo de
soja apresentou aumento de 0,3% em valor e 4,5% na quantidade, apesar da queda
de 4,0% no preço médio de venda.
As carnes somaram
US$ 14,34 bilhões no período. Esse resultado representa queda de 0,6% em valor,
em função da queda no preço (4,2%) não ter sido compensada pelo aumento na
quantidade embarcada (3,7%). A carne de frango, principal produto em termos de
valor exportado (US$ 6,53 bilhões), foi o que mais contribuiu para essa queda do
setor, na medida em que as exportações do produto caíram US$ 399,44 milhões.
Essa redução se deu em função da baixa do preço de venda do produto (5,7%),
enquanto a quantidade permaneceu praticamente estável. Por outro lado, as
exportações de carne bovina (US$ 5,25 bilhões) aumentaram 6,4%, em valor, em
função do aumento de 12,3% no quantum, já que o preço sofreu redução de 5,2%. As
vendas externas de carne suína também apresentaram aumento em valor (4,2%),
alcançando US$ 1,39 bilhão. O aumento da quantidade embarcada (12,0%) compensou
a queda de 7,0% no preço do produto.
Resultados do
mês
Já em novembro, as
exportações atingiram a cifra de US$ 7,77 bilhões para o mês, o que correspondeu
a um recuo de 6,5% (US$ 538,07 milhões) em relação ao mesmo mês de 2011. As
importações também diminuíram (10,0%), atingindo US$ 1,49 bilhão. Como
resultado, o saldo comercial dos produtos do agronegócio foi superavitário em
US$ 6,28 bilhões.
Mesmo com a
retração o milho teve bom desempenho, o incremento foi de 315,2% nas vendas
externas (de US$ 258,09 milhões em 2011 para US$ 1,07 bilhão em 2012). A
quantidade embarcada foi determinante para esse aumento de receita passando de
907,36 mil toneladas em 2011 para 3,92 milhões de toneladas em 2012, ou seja,
aumento de 331,4%, não obstante o recuo do preço médio da tonelada em 3,8%.
As carnes ficaram
na segunda posição dentre os principais setores exportadores. A receita global
do setor recuou 7,3% de US$ 1,47 milhão em 2011 para US$ 1,36 milhão em 2012. Os
únicos produtos que apresentaram expansão nesse setor foram carne bovina in
natura com 4,8% e carne suína in natura com 7,8%.
O complexo soja foi
o setor que mais sofreu redução em sua receita de exportação, de US$ 1,54 bilhão
em 2011 para US$ 848 milhões em 2012, queda de 44,8%. A quantidade exportada foi
reduzida para todos os subprodutos, principalmente para a soja em grãos, que
sofreu redução de 85,3% em quantidade (de 1,76 milhão de toneladas em 2011 para
258 mil toneladas em 2012).
Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
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