Faz muito tempo que
não escrevo nada, não por não gostar, mas pelo fato do meu tempo estar
acabando... Há quem diga, e com muita razão, de que o tempo somos nós que
fazemos, acho que é verdade... Não tinha tempo para nada, mas resolvi até
aceitar iniciar um curso de Mestrado em Comunicação como aluno especial... Mas
e o tempo? Precisava, negociei e consegui!!! Mas tem coisa que devo para um
monte de gente e minha desculpa sempre é de que não tenho tempo, sou ocupado
demais!!! Só consegui perceber o significado das minhas desculpas, quando
percebi que meus alunos também, extraordinariamente sem tempo, tem as mesmas
desculpas que eu submeto aos meus queridos familiares, amigos, colegas de
trabalho etc... Prometo a mim mesmo que vou tentar mudar... Vou voltar a
escrever aquelas crônicas sem graça, cheias de erros de português – claro, não
tenho tempo para corrigir – que acabo postando no meu blog para tentar ensinar
um pouco da cultura internacional para quem ainda não teve a oportunidade
profissional, como tive de monte... Minhas histórias não são infinitas, pois se
tratam de casos verídicos e para eu escrever, preciso lembrar e estar motivado
para escrever – claro, não tenho muito tempo para isso!!! Hoje tenho uma
motivação média e vou sacanear o Godofredo!!!
Vamos lá, vou contar
bem rapidinho parte de uma historinha de uma viagem que fiz profissionalmente
com uma diretora, uma gerente da empresa que trabalhava e também uns amigos da
área...
Fomos a Bologna, na
Itália participar de uma feira internacional de cosméticos, essa já não era
mais a primeira vez que tinha ido para essa feira, mas toda feira, sempre é
cheia de novidades...
Dessa vez quem deu a
primeira bola fora fui eu, pois logo que cheguei na Itália, por puro
preconceito, pensei... só tem gay nessa cidade!!! O que acontecia naquela
época? Os italianos colocavam umas bandeiras coloridas nas janelas
pedindo por paz, que os EUA não invadissem o Iraque e causassem mais mortes,
destruição e tristeza... Como um profissional internacional, teria que estar um
pouco mais antenado, e fui muito sacaneado num jantar em que mencionei essa
frase besta...
As feiras de Bologna
são muito interessantes para prospectar clientes, conhecer novas tendências,
para pesquisar oportunidades, cores, cheiros, visuais, etc... Para mim, claro
que foi uma escola – Graças a Deus o Pepe não foi dessa vez conosco a Itália,
já tinha sido demitido!!!
Na altura, uma gerente da
minha empresa, a Conchetta, senhora muito distinta, de origem italiana, grande
profissional de Marketing nos deu uma aula de marketing para o grupo nos
jantares, precisaríamos ser perfeitos na exposição de nossos produtos. Ela fala
muito bem o Italiano e conseguia pedir as comidas para o jantar, pois grande
parte dos garçons não falavam nenhuma das línguas que tínhamos aprendido para
usar no exterior – imaginem vocês o desespero dos turistas no Brasil na época
da copa de 2014? Quantos garçons falam Inglês no Brasil? Quantas pessoas falam
outra língua? – Claro que o brasileiro se esforça para entender qualquer
gringo...
Uma certa noite já no
hotel em Bologna, quase dormindo, o telefone do meu quarto toca e era a
Conchetta pedindo para ir ao quarto dela, pois estava lá com uma outra gerente,
a simpática Sabrina – é a bruxa do filme dos anos 70 - e precisavam muito de
mim!!! Claro, me entusiasmei muito, o que eu achava que era? Os homens já sabem
de cara o que pensei... Me arrumei rapidamente, me enchi como um pombo e fui
correndo, pois a situação prometia... Chegando lá, toquei a campainha, a porta
se abriu um pouco e com dificuldade consegui abrir o suficiente para eu passar
e entrar no quarto da Conchetta. Que droga é essa, perguntei!!! O quarto estava
forrado de saquinhos brancos, espalhados por todos os lados, era até difícil de
caminhar e logo fui percebendo que não era exatamente o que esperava...
Conchetta reformava os banheiros de sua casa no Brasil e comprou todas as
torneiras, registros, suportes e tudo mais que tinha nos banheiros... Mas
Conchetta, o que é isso? Ela respondeu que não aguentou e acabou comprando tudo
na Itália, pois no Brasil não encontrara tanta qualidade por um preço tão
bom... Problemas? Claro que sim, ela comprou mais de 250 kg de tranqueiras e
ainda iria para Milão antes de voltar ao Brasil. Queria dividir a carga comigo,
mas mesmo assim teríamos um grande excesso de bagagem. Lembram que escrevi no
início do texto que os EUA estavam quase em guerra? Pós é, depois de Bologna eu
ainda iria para os EUA negociar com nosso distribuidor. Quem apresentou o
distribuidor e foi junto? Claro, o grande Godofredo, lembram dele? Foi muito
bom ter alguém tão desinformado como ele, pois a Conchetta me mandou duas malas
cheias de roupas sujas e torneiras... uma das malas pedi para ele transportar
em nome dele e assim me livrava de um mico e também do excesso de bagagem. Como
todos sabem, o Godofredo é um cara bacana e não reclamou, pois me devia um
monte de favores. Desembarcamos nos EUA, estávamos fazendo a conferência das
bagagens e a dele? Depois de ter sido escaneada, vieram dois Gorilas –
policiais dos EUA e pediram que ele abrisse sua bagagem. Nesse momento, armas
eram apontadas para ele, pois havia muito metal em formas estranhas e parecidas
com armas dentro da bagagem. Para a surpresa de todos, os policiais e fiscais,
começaram a tirar as roupas sujas que envolviam as torneiras. Quais eram as
roupas? Lingeries, roupas de baixo usadas pela Conchetta durante a viagem que
ora retornávamos ao Brasil. Foi muito engraçado, quando os fiscais tiravam
calcinhas, soutiens e mostravam para todos os fiscais. O que seria isso?
Godofredo, você usa calcinhas? Os fiscais olhavam atentamente ao Godofredo e
cheios de malícia, sorriam ao Godofredo e olhavam novamente para as lingeries.
Depois de muito perturbarem a integridade masculina de Godofredo, ele foi
liberado para entrar nos EUA sem restrições, mas acabou passando um mico muito
grande. Eu juro que não fui eu que falei essa história para todos os nossos
conhecidos...
Realmente todos nós andamos mesmo sem tempo,a correria que é nosso dia a dia nao da pra aproveitar muito, mas como já diziam quem faz o nosso tempo somos nós mesmo. E quando queremos sempre conseguimos arrumar ele pra tudo.
ResponderExcluirO comentario acima é de Nayara dos santos oliveira RH sala 85.rs
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