"Queremos abrir uma
nova página na relação bilateral", afirmou nesta segunda-feira (20/08) Andrés
Guzman, ex-senador boliviano e coordenador de Relações Internacionais do
Departamento de Cochabamba (FEPC), em reunião com diretores da Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Guzman trouxe à entidade uma comitiva
de empresários de sua cidade, com objetivo de buscar aproximação com
representantes do setor privado do Brasil.
Recebidos pelos
diretores Carlos Cavalcanti, do Departamento de Infraestrutura (Deinfra), e
Thomaz Zanotto, do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior
(Derex), os bolivianos se mostraram prontos para ampliar a relação comercial com
o Brasil, pautada atualmente pela exportação de gás natural.
"Estamos iniciando
um novo momento nesta relação entre os dois países que têm mais de 3.200
quilômetros de fronteira", afirmou Guzman, que também destacou o bom momento
vivido pela economia de seu país: "Pela primeira vez na história, a Bolívia tem
uma reserva de 15 bilhões de dólares", acrescentou.
O presidente da
FEPC, Jaime Ponce Ovando, informou que a Bolívia vive um momento em que os
setores público e privado estão trabalhando em cooperação. Em relação ao Brasil,
afirmou que "a história nos une" e enfatizou a necessidade de ampliar a corrente
comercial com o que chamou de "colosso" da América do Sul.
Agenda
positiva
Acostumado a lidar
com situações de conflito na relação bilateral, o deputado federal (SP) e
presidente Interparlamentar Boliviano-Brasileiro, Protógenes Queiroz, ressaltou
a agenda positiva que está sendo construída entre os empresários: "A Bolívia tem
fundamental importância para o desenvolvimento nacional [brasileiro]".
Ele também elogiou
a gestão do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, no intuito de contribuir com o
desenvolvimento do Brasil e não apenas em atender interesses dos empresários. "O
Skaf lidera um grande movimento para construir parcerias público-privadas. E
muitas soluções vêm do setor privado", disse.
O diretor do Derex,
Thomaz Zanotto, lembrou que a Fiesp tem trabalhado para ampliar a integração do
Brasil com os países da América do Sul. "É fundamental que tenhamos mais
projetos estruturantes, como uma ferrovia que ligue o Atlântico ao Pacífico, e
outros negócios além da venda de gás", comentou.
Já o diretor do
Deinfra, Carlos Cavalcanti, afirmou que a América do Sul não é só um destino
turístico e que muitos negócios podem ser realizados na região e fora dela.
"Temos que olhar para o futuro e encontrar situações que não estão na agenda dos
governos, para impulsionarmos o desenvolvimento econômico e social da América do
Sul", explicou.
Cochabamba
Localizada na
região oeste da Bolívia, Cochabamba é a terceira maior cidade do país e tem
aproximadamente 600 mil habitantes. A missão de empresários que esteve na Fiesp
nesta segunda-feira foi considerada uma precursora para a visita oficial que o
governador do Departamento de Cochabamba, Edmundo Novillo, deverá realizar ao
Brasil, em meados de outubro.
Fonte: Agência Indusnet Fiesp
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